domingo, 31 de maio de 2009

CIÚME ? Sim, 1 agora e embrulha 2 para viajem.


Para que serve o ciúme ? A resposta mais coerente que me vem na cabeça é..: Serve para encher o saco ! Encher o saco de quem sente ciúme e de quem é "alvo" dele. Eu diria que pode-se "dividir o ciúme" em 4 grupos. O primeiro grupo é o de pessoas que sentem ciúme, mas não demonstram para não dar o braço a torcer. O segundo grupo é o de pessoas que sentem ciúme, mas não demonstram porque não querem parecer chatas e inconvenientes. O terceiro grupo é o de pessoas que sentem ciúme, mas de uma forma "tranquila", de uma maneira "charmosa". E por fim, o quarto grupo é o de pessoas que sentem ciúme de forma descontrolada, e fazem verdadeiros escândalos, escândalos públicos ou particulares. Eu diria que eu me encaixo nos 4 grupos. Mas no que diz respeito a fazer escândalo prefiro fazer a sós, sem "platéia"! Pois é, eu sou ciumenta. Tem gente que considera o ciúme um sentimento extritamente ligado à relacionamentos, e esquecem que ele não se restringe só a pessoas. Uma pessoa pode sentir ciúme das coisas mais absurdas e sem nexo.
Eu tenho ciúme de coisas "interessantes". Mas vou deixar no ar...
Eu conheço meninas que tem ciúme dos sapatos e bolsas, mas não tem do namorado. Assim como conheço meninos que tem ciúme da moto, do carro, mas não tem da namorada. E também conheço gente que tem ciúme do(a) namorado(a), do cachorro, do papagaio, e de tudo que estiver em volta. Ciúme entre outras coisas, é excesso de zelo com o que é importante para nós, com o que tem algum significado especial. Acho que isso explica o contraste entre sentir ciúme do(a) namorado(a), ou daquela xícara favorita que você gosta de tomar chocolate. Pessoas também tem ciúme de coisas! No meu caso, posso dizer que estou bem no meio da linha, entre os que sentem ciúme de pessoas e os que sentem de coisas. Sinto ciúme dos meus amigos, das pessoas que são queridas para mim... da minha mãe, muito ciúme da minha mamizinha ! E claro, sinto ciúme de rolos, ficantes e namorado. A intensidade aumenta ou diminui de acordo com o grau de importância que a pessoa tiver para mim. No que diz respeito a pessoas, meu grau de ciumes é bem oscilante. Posso simplesmente não encanar, ou então sentir ciúme de cada fio de cabelo, de cada respirada, de cada passo. É honey...complicado ! Mas dou uma disfarçadinha daqui, outra dali... e as vezes até nego, o que não adianta muito porque ciúme é algo ridiculamente perceptível. Já no que diz respeito a coisas, tenho ciúme de tudo, o tempo inteiro ! Assumo e não disfarço ! Tenho ciúme de coisas e badulaques simmmmmmmmmm ! E digo com todas as letras...não gosto de emprestar nada!!! Sorry. Mas... eu empresto tah, sou boazinha, rs ! Meio contrariada... mas empresto. Minha mãe as vezes diz que esse meu ciúme de objetos beira o egoísmo, e também diz que é materialismo. Eu não vejo dessa forma, acho que é apenas cuidado e carinho com os meus queridos badulaques, e queridas coisinhas que eu tanto gosto e cuido. É difícil estabelecer parâmetros para esse sentimentozinho chato e estressante. Bom, no que diz respeito a ser alvo do ciúme, acho que eu tenho a mesma opinião que a maioria das pessoas. Se for um ciúme aceitável, ok. Mas se for do tipo 'escandaloso', ai é osso duro de roer, to fora rs. Ainda bem que eu nunca tive problemas com excesso de ciúme em relação a mim. Pelo menos não aquele do tipo barraco armado, tampe os ouvidos ! Enfim, ciúme é algo difícil de se controlar, é algo que você não faz por mal... é algo meio "involuntário". Sendo quem sente, ou sendo quem é "alvo"... ciúme é um saco.


VIDA LONGA AOS DESENCANADOS !

E MARACUGINA PARA NÓS CIUMENTOS ASSUMIDOS !


Ao som: Silverchair - Tomorrow

sábado, 30 de maio de 2009

Welcome to hell - Nós adoramos São Paulo !


Enorme, suja, mágica, perigosa, sedutora, barulhenta e muito, muito apressada.
São Paulo do meu coração... como eu adoro você !
Quer saber se eu tenho orgulho de ser made in Brazil ? Ok, sim.
Quer saber se eu tenho orgulho de ser made in São Paulo ? Simmmmmmmm !!!
Eu tenho orgulho dessa cidade de loucos, de feras selvagens e de foras da lei.
Tenho orgulho dessa cidade lotada estressante e hierárquica. Sim. Eu tenho sim !
Toda vez que eu ando de metrô, não me canso de olhar pela janela e pensar como eu gosto desse lugar. Mesmo que seja suja, violenta, caótica e problemática. Essa cidade é o que há ! Só trocaria São Paulo por Nova York ( desculpe, sou chique,rs ). Será que com R$ 5,00 da pra comprar um hot dog e um refri em NY? Puts, melhor deixar essa história de NY pra lá.
Ok, vamos voltar para as terras tupiniquins, mais precisamente... adivinhe ? SP ? Bingo !
Mas agora, falando sério...
Eu acho essa cidade mágica, mesmo com todos os seus problemas.
Uma das coisas que eu mais gosto de fazer é andar pelo centro, mais precisamente nos arredores da estação São Bento e Anhangabaú. Não me canso de andar por ali, e observar as pessoas apressadas e os prédios altos ! Sim, muitos prédios ! Prédios antigos com o charme indescutível da arquitetura antiga, misturados com os espelhados e gigantescos prédios da arquitetura moderna. E em meio à tudo isso... gente ! Pessoas, muitas pessoas ! Trânsito irritante e incessante. Camelôs parados, camelôs ambulantes.Tudo isso junto, se entrecruzando o tempo inteiro ! Um inferno moderno, inferno pelo qual eu sou apaixonada, inferno orgulhosamente marcado no meu RG.
E o que falar de um ícone paulistano chamado Avenida Paulista ?
Uma senhora onipotente e intimidadora, admirada e reverenciada pelos seus empregados, frequentadores e visitantes. Eu diria que as calçadas daquela avenida não são calçadas. São passarelas ! Passarelas por onde passam pessoas de diversos tipos e com diversos objetivos, mas todas com algo em comum. Todas se rendem ao charme e se impressionam com a imponência daquele lugar.
As exposições, os prédios, as esculturas! E o que dizer do MacDonald´s da Av. Paulista ? Mais charmoso impossível !
Aquela avenida é mais do que uma avenida, é um marco, o símbolo da força dessa cidade.
Símbolos...! Essa cidade é marcada por lugares simbólicos, cheia de lugares bonitos, e lotada de lugares que bombão!
Contraste é a lei ! O contraste das áreas verdes nos meios urbanos, o contraste do mendigo e do executivo dividindo a mesma calçada, o contraste da limpeza e da sujeira separadas por poucos passos, essa cidade é formada por contrastes. E talvez, seja esse o motivo de essa cidade ser envolvente e conquistadora, o contraste !
Andar por essas ruas é fazer parte do ciclo que nunca para, seja direta ou indiretamente.
Adoro assistir ao pôr do sol pela janela do metrô, nunca me canso de ver o reflexo alaranjado do sol batendo nas janelas dos prédios e dos carros no trânsito.E o pôr do sol marca o começo da noite, noite que em quase nada muda a agitação dessa cidade.
Eu amo o clima de SP... os dias que nascem com manhãs cinzentas e se desdobram em tardes ensolaradas !
Amo o inverno convidativo, que torna as pessoas mais carentes. Inverno que faz as pessoas enxergarem o charme de fazer uma seção de cinema em casa, no conforto do sofá, comendo uma pipoquinha de microondas . Ou o charme de preparar um vinho quente, e tomar naquela 'caneca de estimação', com o corpo enrrolado em um cobertor, sentado na cadeira da sacada.
Assim como amo o inverno, também amo o verão nessa cidade. O verão tem o poder de transformar são paulo, tanto em um inferno quente e complexo, como em um lugar divertido e badalado. As pessoas saem para aproveitar o sol e lotam os parques !
Os parques... grandes, verdes e convidativos ! Parque do Ibirapuera, Parque do Ipiranga, Parque da Juventude, Horto Florestal, e tantos outros que existem por aqui.
Minha grande cidade !
Multiderivada e multicolorida cidade ! Essa terra de insanos é multi... "multi-tudo" !
Terra de insanos de todos os tipos, se misturando, o tempo todo, em todos os lugares, porque querem, porque precisam ou porque lhes é conveniente.
Cidade que eu amo e admiro.
Lar doce lar !

sexta-feira, 29 de maio de 2009

QUEBRE SUA CABEÇA . Onde você se encaixa ?


ONDE VOCÊ SE ENCAIXA ?

Cara, tem horas que você para e pensa... quem sou eu ? Onde eu me encaixo ? ' To' aqui pra que ?
Eu não sei quanto ao resto das pessoas, mas eu passei uma boa parte da vida achando que a cegonha tinha me jogado no lugar errado. Erro de G.P.S, turbulência, neblina... bom, seja o que for, ela abriu o bico antes da hora. Essa foi a melhor explicação que eu encontrei para o fato de as pessoas parecerem não entender a minha língua. E também foi a melhor explicação que eu encontrei para o fato de eu sempre ter gostado de coisas que a maioria das pessoas não gostavam, e ter conceitos que a maioria das pessoas não tinham e vice-versa.
Me senti assim em boa parte do meu "período teenager", e até hoje, as vezes eu tenho a sensação que" 'to' em terra de ninguem". E não, eu não estou falando daquela fase quando você é adolescente, e um dia simplesmente acorda com a pá virada, rasga seus jeans, coloca uma camiseta de banda, rabisca suas coisas, e decide virar um rebelde sem causa. Definitivamente isso é balela de frescurite juvenil, muito alarde, por coisa nenhuma. Até porque, hoje em dia, se você se sente revoltado e incompreendido, você tem alternativas, digamos, mais moderninhas. Como por exemplo, colar a franja na testa e se tornar um ser 'emo'cional, ou levantar um moicano de butique e se tornar um ser 'punk'ada da cabeça . Faz mais sucesso, e é mais fashion, rs ( sem ofensas ok). Realmente...as vezes eu lamento não ter nascido depois dos anos 90... ai ai.
Enfim. Não estou me referindo à conflitos internos auto-fabricados de origem fútil... blá blá blá.
Eu estou falando de olhar em volta e realmente perceber que você não faz parte daquilo, simplesmente porque aquilo não faz parte de você, nem do que você é, e nem do que você acredita. Mas aquilo o que ? Depende... esse "aquilo" varia, as vezes esse"aquilo" é móvel, as vezes é fixo. Depende. Mas nunca se difere, no que diz respeito a ser o que está em volta. É honey, é o que está em volta.
Acho incrível como as pessoas são acorrentadas com o que acontece em volta. Seja inconscientemente ou conscientemente.
Ok, se você vive numa sociedade, como você não vai estar ligado ao que acontece, se voce é parte integrante dela ?
Ta... mas ai é que está o X do negócio. Até onde fulano faz parte daquilo e aquilo faz parte de fulano ?
Eu vejo tantas coisas, coisas que me fazem por à prova se as pessoas fazem as coisas por si, ou pelos outros, e porque fazem. Acho que a individualidade de ser, de agir, de pensar, por si, e não pelo conveniente ou pelo achismo, já morreu à tempos. Claro que, as coisas tem que ser feitas em senso comum, regras de boa convivência não estão em pauta nisso que eu estou falando. Mas as vezes vejo, que tem gente que se perde, que se dissolve, para poder fazer parte de uma coisa, que talvez nem goste, mas que subconcientemente acha que precisa.
É um lance de necessidade de fazer parte. Tanta necessidade, que penduram a personalidade no cabide e guardam no guarda-roupa. E ai vestem uma outra personalidade qualquer, de acordo com a ocasião. Tanto faz, contanto que seja apropriada, e faça o encaixe perfeito naquele momento.
Eu aprendi que características são pessoais, varia para cada pessoa. Acho que todo mundo aprendeu isso. Mas começo a me perguntar se isso está certo . Acho que a personalidade virou uma doença, deixou de ser algo pessoal, e passou à ser um mero fruto de um contágio programado e planejado convenientemente em mínimos detalhes. Contágio pelo vírus da característica pessoal. Vírus que anda junto com os modismos, com os achados e com os perdidos. Vírus que faz as pessoas deixarem de ser autênticas, e as faz pisarem em si mesmas pra se encaixar, seja lá no que for.
Tem gente , tem muita gente que é o que não é... só para caber , para se encaixar, para ser... a porcaria que for. Contanto que, faça uma social legal para ficar bem na fita. E essa fita tem um rolo grande. Enorme. E é isso que a maioria faz o tempo todo, seja desfarçadamente ou na cara dura. Fazem, e fazem compulsivamente. E os que não fazem, fogem, migram para o submundo de quem não se vende, de quem não se corrompe.
Aquela história do ermitão que abandona o convívio social pra ir atrás da sua essência não me convence. Só consigo enxergar alguém fugindo do peso que é viver em sociedade, ou melhor, se encaixar nela... viver com gente... muita gente.
Gente legal, chata, amável, grosseira, feliz, melancólica, apressada, devagar, verdadeira, falsa ,boa, ruim, comum, incomum... seres humanos.
E o ermitão foge, ele foge porque ele faz parte daquele quase extinto grupo de pessoas que não estão afim de se "render" para integrar nada. E que não se corrompem para parecerem ser o que não são. O ermitão só quer ser ele, mesmo que não se encaixe em lugar nenhum. Ele não se importaria em ser uma peça solta, e ir procurar o seu próprio espaço, à seu próprio modo. Mas ele foge, ele foge pra não sucumbir.
O ermitão virou lenda....
Hoje a maior parte das pessoas se prestam ao papel de fazer qualquer papel. São comerciais ambulantes que vendem a imagem conveniente. Comerciais ambulantes andando em circulos invisíveis... procurando desesperadamente por espaço.
Gente querendo se encaixar.



Q-U-E-B-R-E SUA CABEÇA ! Onde VOCÊ se encaixa ?



Ao som : Mudvayne - Death Blooms

quinta-feira, 28 de maio de 2009

CRÔNICAS CRONOLÓGICAS - Solte o verbo ...


Você já fez uma cronologia? Seja sobre você, sobre um amigo seu... ou até mesmo sobre as mudanças na garrafa da Coca Cola ?
Imagine as milhares de cronologias que você pode fazer... pode ser sobre a mudança de cor/corte do seu cabelo ao longo do tempo, ou sobre a evolução daquela banda que você ouve à anos, enfim, as possibilidades são infinitas.

A Wikipédia dá a seguinte definição para a palavra cronologia ..:

A cronologia (do grego chronos, tempo, + logos, estudo) é a ciência cuja finalidade é a de determinar as datas e a ordem dos acontecimentos - históricos, principalmente - descrevendo-os e agrupando-os numa sequência lógica.
Esta disciplina insere-se numa ciência maior, que é História.
Durante muitos anos, o tempo do historiador foi reduzido à cronologia, ou seja, o fundamental era datar os tempos em dias, meses, anos décadas e séculos, estabelecendo uma noção de tempo puramente cronológica.

A Wikipédia dá a seguinte definição para a palavra crônica ..:

A palavra crônica é derivada do Latin chronica que significava, no início da Era Cristã, o relato de acontecimentos em ordem cronológica (a narração de histórias segundo a ordem em que se sucedem no tempo). Era, portanto, um breve registro de eventos.
Uma crónica ( Pt. Eu. ) ou crônica ( Pt. Br. ) é uma narração, segundo a ordem temporal. O termo é atribuído, por exemplo, aos noticiários dos jornais, comentários literários ou científicos, que preenchem periodicamente as páginas de Jornal.


ENTÃO...
Aproveitando a maré de nostalgia que me bateu hoje, decidi fazer uma "breve" cronologia sobre pré-escola, primário e colegial, de uma forma talvez meio subliminar e peculiar.

PRÉ - ESCOLA
Vamos voltar lá atrás, bem lá atrás.
Pré-escola, para uns creche, para outros maternal. Enfim, tanto faz.
Cara, eu em minha modesta opinião, considero a pré-escola como o melhor observatório de pessoas que existe. Mesmo todas sendo tão pequenas, e tão incompletas, acho que crianças de uma forma geral, tem um senso analítico que é atemporal, e sinceridade quase que inquestionável. Principalmente crianças na faixa etária da pré-escola. Crianças queridas ! Não é a toa que são o futuro do mundo. Futuro esse , que espero participar apenas em "presença óssea", rs, ironia MODE ON.
Enfim, são nos pequeninos atos, daqueles pequeninos seres, em um ambiente especialmente " climatizado" para eles, chamado pré-escola, é que nós vamos dando nomes aos "bois".
Eu ainda lembro com 'close' de detalhes os meus dias na pré-escola. Eu lembro do cheiro do giz de cera, lembro de achar que a minha cartela de canetinhas era o meu maior e mais precioso tesouro, lembro da areia do parquinho, lembro da fila no lavatório para limpar o guache das mãos... e lembro de todas as bizarrices e peculiaridades que aconteceram naquele meu tempo mágico e multicolorido de pré-escola. Lembro, e lembro bem, mesmo aqui dos altos dos meus 'vinte' e 'não te interessa' anos de idade.
Ok, mas por que fui tão longe ? Porque penso que é ali que tudo começa ,o tal do convívio social, as diferenças, briguinhas, amizades... É um grande e belo botão de start, esperando pra ser apertado. É ali onde supostamente você começa a ser uma "pessoinha", a ter seus primeiros "trabalhos", e é ali que você inicia a tão complexa vida em sociedade.

PRIMÁRIO
Seguindo a cronologia, o próximo passo é o primário, e lá é onde nós descobrimos que o céu não é só feito de arco-íris. Finalmente percebemos que o céu muda do azul para o cinza, e caímos em si de que o arco-íris é um fenômeno, e que fenômeno, como a própria palavra já incita, é algo excepcional. Pode se ter por excepcional algo que é exceção, excêntrico, extravagante, incomum, extraordinário, privilegiado. Resumindo, o primário te faz cair na realidade da vida. Te mostra que aquele mundo encantado que é a pré-escola, não existe. Te mostra que o arco-íris é excepcional... exceção.
É no primario, que nós descobrimos verdadeiramente o que é conviver em sociedade. Descobrimos que TUDO é fonte de problema. Sim, T-U-D-O. E eis que voce é condenado por ser inteligente demais, ou inteligente de menos. É repreendido por falar de menos ou falar demais. É zuado por ser magro/gordo/baixo/alto demais. E é ali que você descobre que você não sabe absolutamente nada sobre o porque as pessoas são como elas são, ou o porque elas fazem o que elas fazem. Mas, ali é o seu laboratório de prática, é ali que você vai entender, aprender e executar o que tem que ser entendido, aprendido e executado. É naquele período que você vai 'estagiar' para dar o próximo aguardado e inexplodado passo, denominado segundo grau. E você tem um "vasto" leque de 2 opções..: Ou se da bem, ou se da bem. Caso contrário, você vai entrar no colegial e vai ser fuzilado por algo que poucos admitem, mas todos sabem que existe. Algo chamado ' lei do mais forte', que eu resumiria como, conquiste o "seu espaço" ou você estará f*****, em gênero, número e grau. E o que pode se considerar como se dar bem ? Depende... depende do que você considera como tal, depende dos seus conceitos. E os seus conceitos, dependem de você.
Pois é, ficamos durante anos no primário, nos preparando academicamente e mentalmente para aqueles 3 posteriores e mistificados anos dos quais ouvimos tanto falar, o tal do colegial.
E naquele " laboratório vivo", chamado primário, adquirimos a base de quem realmente somos. Não só no que diz respeito a aprender o conceito básico das matérias, para futuramente se matar em cálculos e explicações que ocupam uma folha inteira, mas também adquirimos o conceito de quem vamos ser. É ali que você decide se vai ser aquele que zoa, ou aquele que ajuda a levantar quem tomou um capote, ralou o joelho e esparramou os livros pelo chão.
É naquela selva de pedra , que você desenvolve sua aptidão para ser conciente... ou não, para ter bom carater... ou não, para liderar... ou não, para ser querido... ou não, e para no futuro ser um ser humano digno e louvável... ou não. É ali , no primário, que você inconscientemente ou até mesmo conscientemente consolida sua base como ser humano que pensa, sente e diz... ou não. E eis que o primário é formado pelos longos anos que antecedem os temidos 3 anos do segundo grau.

COLEGIAL
O tempo passa. Enfim chegam aqueles 3 anos tão aguardados e esperados com curiosidade e expectativas, colegial, segundo grau, whatever... chame como quizer.
E são os 3 anos em que você vai dar acabamento para aquela escultura que você lapidou aos poucos no primário. Sim, eu diria que o colegial é quando você da o acabamento para a escultura de yourself. Já a faculdade eu descreveria como um "spray solidificante", to inspirada hoje rs. Mas nós não chegamos na facul ainda certo ? Então... ok, eis que você se encontra no colegial. E ali está a responsabilidade de escolher o acabamento certo para sua escultura. Misturado com os desarranjos de estar entre a criança sem preocupações que você foi nos anos anteriores , e o jovem adulto cheio de cobranças que você está no caminho de se tornar nos anos que iram vir. É o período em que você vai dar o acabamento para a sua obra, em meio à mudanças hormonais, cobranças dos pais, cobranças dos colegas, modismos, achismos, fofocas, intrigas, amores, dores, besteiras e etc etc etc. Tudo isso entrelaçado com a sociabilidade que você tem... ou não, com o esboço de ser humano que você já materializou... ou não e com as peripécias diárias que inundam essa fase da vida.
Se trata puramente, de se firmar como ser humano. De escolher o seu papel. Escolher entre fazer um papel com o qual você realmente se indentifica, ou fazer um papel conveniente para agradar as massas, ou para conseguir algo . É o seu personagem, é a sua vida, um pedaço relevante dessa obra pitoresca que a gente entende por viver.
Sim, o colegial é f***. Você assiste a novela, dirige, produz e protagoniza , tudo ao mesmo tempo. E o que você faz , ou não faz, é que diz se você é o dono da emissora ou o faxineiro.
São os 3 anos 'vilões', mas como em toda novela, quem da o ar da graça ? Claro, o vilão. Não é a toa, que mesmo em meio à todas as adversidades que certamente existem e sempre vão existir ali, são aqueles 3 anos, que muitas vezes guardam as lembranças mais loucas, engraçadas e memoráveis que uma pessoa possa ter. Em meio à amores e dissabores, quanta coisa nós absorvemos ali, quanto nós aprendemos ? Tanto ! Nos divertimos, nos machucamos, odiamos, infernizamos, generalizamos, atrapalhamos, ajudamos, julgamos, fomos julgados, rotulamos e fomos rotulados... fizemos muito ! Muito ! Fizemos barulho. Assobios, gritos, palmas, risada, choro, bagunça , confusão. Saudade !



FAÇA A SUA CRONOLOGIA... !



Ao som : Heaven Shall Burn - The Few Upright